PERFIL - CARLOS MOURA
Nasceu no ano da revolução, já viveu em três continentes e começou a trabalhar em comunicação social com apenas 16 anos.
Canivete Suíço. Com barba.
Desde então, foi empregado de videoclube, servente das obras, locutor de rádio, repórter, fotógrafo, designer, guitarrista de banda de garagem, publicitário, ator, guionista, apresentador de TV e coordenador de conteúdos de programas como o "5 para a Meia-Noite", "A Tarde É Sua” e “Big Brother”, entre vários outros.
A primeira memória de infância, na África do Sul, é de estar num drive-in a ver cinema com os pais.
Mais tarde, no Brasil, quando começou a aprender teatro, percebeu que só queria fazer uma coisa na vida:
Comunicar.
Durante cerca de onze anos, andou pelos microfones das rádios locais, especialmente na rádio Onda Viva (Póvoa de Varzim), onde aprendeu a fazer desde anúncios a talhos e sapatarias, a discos pedidos, reportagens, tardes desportivas, entretenimento e muitos, mesmo muitos directos de improviso.Paralelamente, começou a fazer biscates como fotógrafo (com algumas foto-reportagens para o jornal O Diabo e alguns casamentos onde se empanturrou) e foi começando, lentamente, uma carreira em design gráfico.Foram bons tempos: desde logotipos e cartazes até brasões de Juntas de Freguesia (sim, isso mesmo), fez um pouco de tudo. Trabalhou de heráldica até publicidade de exterior, mas o grande salto aconteceu na Item Design, gabinete do designer Rui Mendes, de Vila do Conde, onde aprendeu muitos dos fundamentos da comunicação visual e experimentou o design em todas as suas aplicações, desde gráfico a packaging, etc.E, de repente, surge a comédia.
Em 2003, inscreveu-se no I Festival de Stand Up Comedy, que decorreu em Braga. O “Levanta-te e Ri” tinha começado na SIC há pouco tempo e poucos eram os que sabiam o significado de stand-up comedy, mas mesmo assim os inscritos foram suficientes para duas noites de competição, sob o olhar do júri comandado por Raúl Solnado. Seguiu-se o convite para ir ao “Levanta-te”, ele foi, e continuou a ir durante os três anos de programa.
Entretanto, começaram a surgir actuações em bares, auditórios e cafés-concerto. Foi uma loucura: só entre 2003 e 2008 fez mais de 450 actuações deste género, em cima de palcos nacionais ou grades de cerveja (aconteceu mais que uma vez).
Rir, mas a sério.
Dos palcos de bares para o resto foi um saltinho. Surgiram várias participações televisivas, além do “Levanta-te e Ri”; desde especiais do Herman (Fim de Ano, por exemplo); a especiais da TVI e RTP; como o “Sempre em Pé” e muitos outros.
Pelo meio, surge também o regresso ao teatro, desde o “Manual de Instruções para o Cidadão Comum”, que escreveu com Miguel Barros, ao "Querida, Comprei Uma Orquestra", que escreveu e protagonizou no Teatro Tivoli, juntamente com Joana Pais de Brito e a Orquestra da Cidade, assim como vários espetáculos de comédia de improviso.Em televisão, apresentou o talk-show “Boca à Boca”, nas noites de sábado da SIC, e também os programas “Ás duas por três - Verão” e “Ligou, Ganhou”, até passar para os bastidores. Guionou, editou e coordenou diversos programas em todos os canais generalistas.É casado, tem um filho e dois cães. Adora cozinhar.